Rayne fatura primeiro ouro da história do wrestling feminino alagoano nos Jogos da Juventude
Atleta tem desempenho impecável sem ceder pontos às adversárias; outros wrestlers ganharam 52 medalhas para 19 estados; embaixadora Giullia Penalber interage com nova geração do esporte olímpico brasileiro
CARLOS ALESSANDRO SILVA
22/11/2024 11h10 - Atualizado em 24/11/2024 às 00h01
Jovem promessa de 16 anos, atleta Rayne da Silva comemora ouro histórico para o wrestling de Alagoas / Crédito: Divulgação
Uma das 53 medalhas distribuídas pelo wrestling durante os Jogos da Juventude foi histórica: Rayne Gabriely da Silva ganhou o primeiro ouro feminino de Alagoas na competição, desde que foi criada em 2000 pelo Comitê Olímpico Brasileiro. O talento e a disciplina de Rayne vêm chamando a atenção das comunidades do wrestling e jiu-jitsu, modalidades que ela treina há apenas três anos no complexo esportivo do Pilar, sua cidade natal que fica a 35 km da capital alagoana. O ouro conquistado na categoria até 65 kg, a única medalha obtida pela delegação de Alagoas nesta edição, é mais um grande motivo para ela comemorar seus 17 anos no próximo dia 7 de dezembro. Nesta temporada, a atleta alagoana coleciona outros resultados impactantes na mesma categoria: 1° lugar na Série Prata JEBS Sub-18 e 3° lugar no Campeonato Brasileiro Sub-17. Em João Pessoa (PB), onde estão sendo realizados os Jogos da Juventude, Rayne foi literalmente um rolo compressor no tapete. Superou todas as adversárias sem ceder nenhum ponto. Nas classificatórias, ganhou de 11 a 0 de Maria Anastácio (RJ) e Lorena Martins (SC). Na fase de quartas de final, impôs o placar de 10 a 0 sobre Kaylen Gomes (MT). Na semifinal, mais um 11 a 0, desta vez contra Evilly Costa (AP). E na final aplicou 13 a 0 contra Yohane Bonifácio (RN). “Com apenas três anos de prática, Rayne vem sendo elogiada pela técnica e determinação nos treinos. O desempenho não vem à toa, não basta ter talento. Por isso parabenizo a atleta, a delegação de Alagoas e o staff do Complexo do Pilar. Uma satisfação enorme ver trabalhos bem-feitos em cada região gerando bons frutos para o wrestling do nosso país”, observou Flavio Cabral, presidente da Confederação Brasileira de Wrestling (CBW). Ao longo dos três dias em que o wrestling competiu, 167 wrestlers femininas e 196 wrestler masculinos subirão ao tapete para disputar medalhas nos estilos livre e greco-romano. Os 53 medalhistas representaram 19 estados: Amazônia (11), São Paulo (7), Rio de Janeiro (7), Amapá (3), Espírito Santo (3), Paraíba (3), Pará (3), Mato Grosso (2), Bahia (2), Rio Grande do Norte (2), Sergipe (2), Mato Grosso do Sul (1), Paraná (1), Santa Catarina (1), Rio Grande do Sul (1), Alagoas (1), Piauí (1), Ceará (1) e Tocantins (1). O total incluir as medalhas disputadas por equipes. No estilo livre masculino, o ouro ficou com o Amapá, a prata com o Pará e o bronze compartilhado por Paraná e São Paulo. No greco-romano, o ouro foi do Amazonas, a prata do Rio de Janeiro e o bronze ficou com Minas Gerais e Paraíba. No livre feminino, a equipe de São Paulo garantiu o ouro, a prata foi para o Amazonas e o bronze dividido por Rio de Janeiro e Sergipe. Durante os Jogos da Juventude, a wrestler e embaixadora do evento Giullia Penalber interagiu com as promessas do esporte olímpico, em especial as jovens promessas do wrestling. Ela fez questão de compartilhar o máximo de sua experiência na modalidade e a emoção de ter conquistado a histórica quinta colocação em Paris 2024, melhor resultado do país na história olímpica da modalidade. “Confesso que estar aqui é uma realização. Esse papel de inspirar alguém é muito importante no esporte. Eu fui inspirada por muita gente e sei que cada palavra pode mudar o rumo da vida de um atleta. Como embaixadora, tenho uma responsabilidade muito grande por estar falando com os futuros ídolos da modalidade. Estou muito feliz e grata por estar aqui”, analisou Giulia Penalber. Os Jogos da Juventude prosseguem até o dia 28 com competições de outras modalidades olímpicas que podem ser assistidas abertamente no Youtube do Canal do Time Brasil. Sobre a CBW
A CBW (Confederação Brasileira de Wrestling) é a entidade responsável pelo wrestling nacional em seus estilos greco-romano, livre masculino e livre feminino. Além de gerir também o beach Wrestling, ou wrestling de praia (esporte não-olímpico). Atualmente, a Confederação Brasileira de Wrestling é presidida por Flavio Cabral Neves. O principal objetivo da entidade é tornar o esporte nacional uma referência, fortalecendo suas federações afiliadas e investindo nas categorias de base para propagação da modalidade. A CBW é filiada ao Comitê Olímpico do Brasil, United World Wrestling e United World Wrestling Américas e conta com o apoio da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, Estácio e Comitê Brasileiro de Clubes. Notícia distribuída pela corumbaibanoticias-br.noticiascatarinenses.com. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CARLOS ALESSANDRO REGO DA SILVA
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FONTE: Confederação Brasileira de Wrestling
